JSD/Açores defende a “autonomia” do CRJ

A JSD/Açores vai promover a discussão interna sobre um conjunto de alterações ao funcionamento e à organização do Conselho Regional de Juventude dos Açores (CRJ), entre as quais a possibilidade de o Conselho, na dependência da direção regional de Juventude, eleger os seus órgãos próprios de gestão, de entre os seus membros.

O anúncio foi feito pelo líder da JSD/Açores na sessão de encerramento da 4.ª edição da Universidade de Verão do PSD/Açores e da JSD/Açores, que decorreu na Madalena, na ilha do Pico, na qual Flávio Soares defendeu que urge despolitizar e autonomizar o Conselho Regional de Juventude dos Açores.

“Como pode o Conselho Regional de Juventude dos Açores ser verdadeiramente autónomo e representativo quando é presidido, convocado e controlado pelo Governo regional?”, questionou Flávio Soares, para defender que o diretor regional de Juventude deve participar nas reuniões do órgão apenas como convidado sempre que se justificar.

O líder da JSD/Açores salientou que “os jovens açorianos necessitam de olhar para o Conselho Regional de Juventude como um mecanismo de participação ativa e direta nas políticas regionais”, razão pela qual é urgente “devolver o Conselho aos jovens açorianos e aos seus legítimos donos, tirando-lhe a carga política que atualmente subsiste nas suas reuniões”.

Segundo Flávio Soares, está é uma “ambição partilhada por outras organizações de Juventude dos Açores” e, neste quadro, deixou a garantia de que “juntos podemos e continuaremos a trabalhar na promoção de mudanças”.

“Acreditamos que apenas com esta despolitização do Conselho Regional de Juventude será possível voltar a chamar as organizações de juventude regionais ao importante debate que deveria acontecer em torno das propostas, dos documentos e dos temas que a juventude não esquece no seu dia-a-dia”, afirmou.

Flavio Soares deixou a garantia de que a estrutura jovem do PSD/Açores continua a marcar presença nas reuniões do Conselho Regional de Juventude dos Açores “porque consideramos ser o cumprimento do nosso mandato que nos foi dado pelos jovens militantes do PSD/Açores, mas ambicionamos mais, como não poderia deixar de ser”.

“Continuaremos, como tem sido prática nos últimos anos, a ser voz crítica e irreverente mesmo perante uma estrutura que é a hostil a tudo o que é contrário à opinião instituída”, garantiu, frisando que é uma “obrigação” da JSD/Açores “continuar a credibilizar o trabalho desenvolvido por este Conselho”.