A Juventude de Liberdade Condicionada – Vitória Silva

Este universo da “Energia Laranja” hoje permitir-me-á que vos leve a refletir sobre uma juventude que se diz por liberal, mas que se encontra condicionada em pleno século XXI.

Passados 44 anos da épica data, jamais esquecida, o dia 25 de Abril de 1974, a censura e a perseguição política continuam presentes, porém, de outra forma não semelhante à de 1974. Esta data conhecida popularmente como revolução dos cravos, permitiu uma lufada de ar fresco às gerações juvenis de outrora.

Neste momento podem estar a questionar-se, o porquê de “gerações de outrora”, mas não, não foi escrito por engano, mas sim com consciência. Vivemos numa geração em que todos dizem ser a mais qualificada de sempre da nossa nação.
Cerca de 70% dos jovens portugueses qualificados emigram à procura de satisfazer as suas necessidades profissionais e pessoais.

De outra perspetiva e com maior relevância nos Açores, revemos uma juventude que vive amarrada à era dos estágios e condicionada, no que diz respeito aos seus pensamentos e ideologias. Todos sabemos, mas poucos o assumem ou são incapazes de o comentar, vivemos na era dos interesses e não da vontade própria.

Muitos dos jovens açorianos estão neste momento condicionados à sua liberdade para se fazerem passar por uma ideologia ao qual não se revêm, mas se assim o fazem é porque são forçados a acreditar nela, sendo eles pressionados por chantagens ou interesses que os fazem acreditar num futuro profissional melhor, mesmo que seja às custas de quem tutela o mundo dos estagiários U,T ou L ou de outros programas ocupacionais precários.

Depois de tudo o que mencionei deixo-vos a refletir, essencialmente, a quem se revê nesta situação. Assumam a vossa opinião com a sua vontade própria e deixem de ser levados pela maré, por mais que seja árduo remar contra ela, não deixem que a mesma vos condicione a liberdade de pensamento.

Vitória Silva é vice-presidente da JSD/Açores desde 2017