Flávio Soares começou por relembrar que “na última década, milhares de jovens açorianos foram forçados a emigrar por falta de oportunidades na terra onde nasceram”. “Os jovens estão entre os mais prejudicados com a falta de visão estratégica de anteriores governações”, criticou.
De acordo com o deputado a juventude açoriana precisa de uma “verdadeira estratégia de desenvolvimento”, que se deve prender com a “realização de um estudo e uma avaliação, que incida sobre a juventude, sobre o grau de satisfação dos nossos jovens em vários aspetos da sua vida”.
Para Flávio Soares, “as políticas de juventude que estão explanadas no programa do governo são abrangentes e integram a conceção do jovem e do seu projeto de vida”.
“O novo governo está ciente da necessidade de combater o despovoamento e o envelhecimento demográfico, com a participação da sociedade civil e das autarquias, abordando a realidade específica de cada ilha e propondo medidas concretas e adequadas à fixação dos jovens nas respetivas ilhas”, realçou.
O também dirigente da JSD Açores considerou ainda que, em relação aos estágios, estes “deverão passar a ser uma verdadeira porta de entrada no mercado de trabalho, com benefícios para que as empresas apostem na contratação desses jovens estagiários para os seus quadros”.
“Nos Açores vivem jovens, em início de carreira, sem acesso ao crédito e ao mercado de arrendamento. A anterior governação ignorou aqui esta dificuldade de todos aqueles que escolhem permanecer nos Açores ou que escolhem regressar”, criticou durante a intervenção.
No que diz respeito a habitação, para o deputado regional, “o programa do governo é bem claro quanto à necessidade de criar condições que facilitem o acesso à habitação a preços compatíveis com o rendimento das famílias, através de incentivos ao mercado de arrendamento, principalmente ao arrendamento jovem”. “O programa do governo também não esquece que é preciso criar condições especiais de apoio para a aquisição e construção de habitação por parte dos mais jovens”, reforçou.
Flávio Soares realçou ainda a necessidade de se fazer um acompanhamento dos estudantes deslocados”. “Saudamos, por isso, a criação de um gabinete de apoio ao estudante deslocado, previsto no programa que aqui estamos a debater”.
Sobre o ensino profissional, o deputado garantiu que o Governo Regional “não vai abandonar as escolas profissionais, irá valorizar este ensino e fazer com que os cursos por elas lecionados possam ir ao encontro das reais necessidades de mercado”.
As medidas enunciadas no documento em apresentação, segundo o deputado, “são medidas ambiciosas, mas responsáveis e exequíveis”. “Um programa que não tem soluções milagrosas, mas, e acima de tudo, que acredita nas pessoas, que acredita nos jovens, no seu trabalho, no seu esforço e no seu mérito”.