A eurodeputada Açoriana iniciou a sua intervenção explicando que a Iniciativa Emprego Jovem assenta num tripé composto pela formação, pelos estágios e pela oferta de emprego. “Na minha região, assim como em muitos Estados Membros, este tripé está desequilibrado, porque estamos a investir muito mais na formação e nos estágios do que estamos a investir na oferta de emprego”, não estando, com isso “a contribuir para o combate à precariedade”.
Sofia Ribeiro aproveitou a intervenção para referir que “os estágios não podem substituir nem mascarar contratos de trabalho”. “É preciso garantir uma definição adequada do conteúdo funcional e da responsabilidade do estagiário, que deve ser acompanhado por um tutor que o apoie e que lhe dê formação; é preciso mais fiscalização com meios de inspeção adequados; é preciso mais transparência e uma avaliação qualitativa do programa quanto aos resultados”, realçou.
O objetivo traçado por Flávio Soares, na sua Moção Global de Estratégia, por “mudanças claras nas políticas ativas de emprego, promovendo um trabalho estável e não emprego para as estatísticas” tem sido o motivo do trabalho da JSD/Açores nesta área.
A JSD/Açores levou inclusive a preocupação ao Conselho Regional de Juventude, quando Luís Pereira, Vice-Presidente Coordenador, afirmou que deveríamos “estar a trabalhar para que no futuro nem fosse necessários programas de apoio de emprego do Governo Regional, para que fosse possível a nossa economia absorver os jovens que todos os anos saem das universidades, secundárias, escolas profissionais ou que se encontrem numa situação de desemprego”.