No documento subscrito pela estrutura regional, afirma-se que “temos uma região pobre, a mais pobre de Portugal, onde as empresas não encontram no Governo Regional um parceiro. A política de transportes, determinante para o sucesso de empresas insulares, não lhes dá segurança. São múltiplos os entraves com que se deparam, são parcos os apoios de que dispõem. O setor das pescas e da agricultura vive de promessas vãs, valendo-se do esforço que não se faz rogado de quem vive do mar e da terra. Somos a região onde os valores de sucesso escolar são mais reduzidos. A educação, que deveria permitir crescer socialmente, é desvalorizada (…) As listas de espera na saúde ultrapassam todos os prazos aceitáveis, a desigualdade no acesso à saúde entre as ilhas é gritante, o desnorte no combate e prevenção das dependências, onde somos também líderes pelo lado negativo, são tudo exemplos de que a saúde regional não é recomendável a ninguém. “.
Para a JSD/Açores o desemprego jovem continua a ser um flagelo social que o poder socialista não teve a capacidade de solucionar, porque “os programas ocupacionais não trouxeram melhorias a longo prazo” na estabilidade profissional dos jovens Açorianos.
“Arriscamos dizer que este modus operandi, que não dá crédito aos problemas identificados, que os empurra e oculta, é tão-somente uma das fórmulas para manter reféns quem os precisa ver resolvidos. É o alimento de toda a máquina que se instalou à custa destes 36,4% que se encontram em risco de pobreza e de todos as outras famílias que lutam em oportunidades de emprego precárias, por um futuro para os seus filhos que estudam sem garantias de empregabilidade e por uma vivência em condições dignas”.
A JSD/Açores pede que “um plano de apoio aos jovens agricultores e/ou empreendedores nos Açores” tenha uma “estratégia para cada uma das nossas ilhas, de forma diferenciada e adaptada à sua realidade, pois as especificidades e o potencial de cada uma obrigam a soluções distintas, para que se possa garantir o sucesso e a sustentabilidade”.
Para além de pedir a necessária e profunda reflexão sobre as razões de afastamento dos jovens da política, a estrutura regional social-democrata reforça a necessidade da “implementação do voto eletrónico para permitir que a abstenção diminua, facilitando assim, de uma vez por todas, o voto antecipado que, para quem vive numa Região insular como a nossa, em que muitos jovens estão a estudar longe do seu local de residência, seria uma mais-valia”.
O documento assinado pela JSD/Açores, e entregue a anterior semana, termina afirmando que “o nosso principal objetivo passa pela defesa dos interesses da juventude açoriana, na qual se revejam e se sintam cada vez mais representados. O nosso compromisso é sermos reconhecidos na nossa Região, não só como uma juventude partidária credível, mas também como um parceiro para trabalhar em prol do desenvolvimento dos Açores. Fizemo-lo até aqui e vamos continuar a fazê-lo daqui por diante”.
O XXIV Congresso Regional do PSD/Açores inicia-se na próxima sexta-feira, na vila da Madalena, ilha do Pico, com José Manuel Bolieiro eleito presidente do partido em eleições directas ,disputadas em dezembro do ano passado.
Pode consultar a proposta completa aqui.