“Interligados pelo Mar” é tema da moção sectorial da JSD/Açores, a apresentar no 27º Congresso Nacional da JSD, que se realiza até domingo, em Almada, e onde se reforça a urgência da substituição dos cabos submarinos que ligam a Região ao Continente.
“Pretendemos ser mais uma voz, a juntar a tantas outras, a chamar à atenção da importância dos cabos submarinos e da urgência na substituição dos mesmos. No final de 2024, o atual Anel CAM deixará de existir, e estará em causa a interligação direta entre a Região Autónoma dos Açores e o Continente”, referem.
Os jovens social-democratas açorianos defendem que “é urgente a intervenção e a substituição desses cabos submarinos, de forma a manter as comunicações eletrónicas que asseguram a coesão social e territorial de Portugal e da União Europeia”, diz a moção a apresentar este fim de semana.
“Esperamos que esta operação possa arrancar o mais breve possível, como o PSD já vem alertando há tanto tempo, de forma a evitar possíveis situações de antecipação de retirada do serviço operacional de sistema”, reforça a comissão política regional presidida por Luís Raposo.
“Em causa está a instalação de um novo Anel, que deverá ficar em operação durante 25 anos, garantindo a ligação direta entre o Continente e as Regiões Autónomas, sem recorrer a países terceiros”, explicam.
“Apelamos diretamente à União Europeia e ao Governo da República, para que o novo concurso seja lançado com a máxima urgência, arrancando a obra o quanto antes, e canalizando todos os esforços para que a autonomia e a coesão territorial não enfraqueçam nem quebrem”, acrescentam.
Para os Açores, “esta deve ser vista como uma oportunidade para capitalizar investimento, pois permite a expansão para novos mercados, onde podem surgir novas profissões e novas formas de adaptação às atividades profissionais, combatendo também o isolamento da Região”, diz ainda a missiva da JSD/Açores.
A moção sectorial destaca igualmente que o contributo que os cabos submarinos podem dar “para lá nas comunicações, como na deteção e alerta de atividade sísmica, tão importante para a segurança das nove ilhas e de todos os seus habitantes, que lidam frequentemente com tais situações, como atualmente acontece na ilha de São Jorge”, concluem.