Estávamos em 2010, no meio de um congresso que ficará para sempre na memória de quem nele participou. Nesses tempos existiam preocupações diferentes e o espírito de nós todos se calhar também era outro, no entanto, existe algo que me ficou na memória: o slogan que recebeu esse congresso – “Energia Laranja”.

Chegou a ser, durante 12 edições, o título de uma newsletter online da JSD/Açores, distribuída pelos militantes com o resumo daquilo que era o trabalho da estrutura.

Sobre isto passou-se mais de sete anos e a JSD/Açores, sendo outra, enquadra-se também de outra forma no mundo que a rodeia. Desde cedo percebemos que, se queríamos passar uma mensagem, era necessário que fossemos nós a construir os mecanismos.

A JSD/Açores sempre esteve mais empenhada, fruto de um quase completo bloqueia dos órgãos de comunicação social tradicionais, na criação desses mecanismos. Sempre sentimos na pele essa dificuldade, pois a juventude e a irreverência poderiam gerar a melhor das propostas, sem que isso significasse qualquer forma de transmissão para o público. Podíamos até discutir se a nossa idade não será o motivo principal para essa descredibilização daquilo que venha da JSD/Açores.

O lançamento do Energia Laranja é apenas mais um passo na organização e sistematização da mensagem da JSD/Açores, porque, apesar de uma estrutura de juventude, a nossa responsabilidade é a produção de propostas e de massa crítica. Este é um passo, em si, adiado por alguns anos, fruto de algumas intempéries digitais que a JSD/Açores tem sofrido nos últimos tempos (já não bastava aos Açores as intempéries meteorológicas). Não fosse elas, e este desejo antigo já tinha renascido.

Não queremos vestir este projecto de uma independência que, como é óbvio, não tem. Nem se pretende brincar aos jornalistas ou aos jornais.  De uma forma simples o Energia Laranja é mais um mecanismo de comunicação. Mais uma forma de perfurar as, cada vez mais ténues, barreias de transmissão de mensagem a um receptor final.

Neste novo projeto agora lançado, conta-se com objetivos elevados e com uma equipa que, mais que não seja por teimosia, os pretende perseguir. Juntar-se-á a juventude à sabedoria que apenas a experiência pode trazer. Juntar-se-á a irreverência àqueles que, durante longos anos, se batem por uns Açores melhores.

Luís Pereira é vice-presidente da JSD/Açores desde 2015 e Coordenador de Conteúdos do Energia Laranja