Flávio Soares: “Quando alertamos para os problemas no ESTAGIAR U estávamos a falar também como jovens”

O Presidente da JSD/Açores, Flávio Soares, reagindo hoje a um trabalho da agência LUSA que apresenta testemunhos de diversos jovens com críticas ao programa regional ESTAGIAR U, afirmou que “quando alertamos para diversos dos seus problemas, para além de o fazermos como agentes políticos, estávamos também a falar como jovens que já por eles passaram”.

“As críticas pela redução de cerca de 40% no horário de trabalho e a subsequente diminuição de 50% na compensação pecuniária ou até por mais fiscalização são pedidos já antigos da JSD/Açores” chamando a atenção para que a necessidade de mais fiscalização era já uma posição reiterada antes das últimas mudanças ao seu funcionamento deste, e de outros, programas regionais.

Na resposta do Governo Regional dos Açores ao pedido de esclarecimentos apresentado no mês de maio na Assembleia Legislativa Regional, o GRA afirma que as alterações ao programa ESTAGIAR U “tiveram por objetivo principal proteger os jovens de práticas incorretas”, decidindo portanto “penalizar os jovens, em vez das empresas que os acolhem”.

“É verdade que as políticas não podem ser estáticas, como afirmou o GRA na sua resposta ao requerimento da JSD/Açores, mas as mudanças ou são direcionadas às necessidades dos programas e dos seus objetivos, ou desvirtuam os próprios mecanismos regionais de emprego”, afirmou o líder da estrutura de juventude social democrata, dando o exemplo da redução da carga horária dos jovens nas empresas, questionado que “tipo de integração no mercado de trabalho se faz em 4 horas diárias”.

Para Flávio Soares, reconhecendo que existe abusos,  deveria-se ter mantido o apoio à integração dos jovens no mercado de trabalho, com as condições anteriores do ESTAGIAR U, mas “apertando o filtro sobre as empresas que recebem os beneficiários do programa, com fiscalização prévia das candidaturas” reafirmando aquela que diz ser a “posição inicial” da JSD/Açores desde o primeiro dia.

“O poder socialista não nos poderá dar razão, por motivos óbvios, mas a realidade tratará de o fazer” concluiu o presidente da JSD/Açores.