Algumas considerações sobre Juventude – André Soares

Vão-me desculpar por começar assim esta minha primeira contribuição para a Energia Laranja, mas é bom que quem não me conhece, saiba duas coisas fundamentais sobre mim: a primeira, é que não me considero a pessoa mais capaz na escrita de um artigo de opinião, comparado com outros; a segunda é a de que sou social-democrata e tenho muito orgulho nisso. A Social-democracia é, na minha opinião, a ideologia política mais equilibrada e adequada para a governação.

Não tem de haver qualquer preconceito em relação às juventudes partidárias, nada do que possamos ser acusados é novidade. No entanto, posso afirmar, que muito pouco daquilo que se diz, é verdade.

Quem entra numa juventude partidária, à espera que o seu futuro se resolva, pode esperar sentado. Se o líder for forte, nunca deixará que as pessoas tenham esta mentalidade, e, por conseguinte, qualquer espécie de progressão, só pelo mero facto de se  pertencer à juventude partidária, é mera utopia.

É preciso muito trabalho e dedicação para se atingir  objetivos, é assim que deve ser visto, e são estes os princípios que nós, na Juventude Social Democrata,  tentamos promover.

Nós existimos para ajudar a juventude a ser ativa. A juventude é o futuro, e isto não é um clichê, é a mais pura realidade.

Se formos uma juventude sem iniciativa, vamos ter um futuro que não será decidido por nós. Se não formos determinados e persistentes, as nossas vozes não serão ouvidas. Se não formos reivindicativos, não veremos concretizados os nossos objectivos.

Todos os convívios de juventude podem ser bons, divertidos e importantes. Falar de política é importante. O excelente é: poder conciliar as  duas coisas.

Temos de saber os nossos direitos; temos de aprender os nossos deveres;  e nunca, nunca, podemos achar que a política é algo que não interessa. Cabe-nos a nós desconstruir falsas ideias que tanto descredibilizam esta atividade, porque só sendo bons cidadão, bem informados e interventivos, é que vamos continuar a ser livres.

Não tomem a liberdade como um dado adquirido, porque  não o é.

Há pouco mais de 40 anos, muito daquilo que hoje consideramos direitos fundamentais e indiscutíveis, era impossível. E o que não nos faltam são exemplos, pelo mundo fora, em que as pessoas anseiam  desesperadamente, por coisas tão simples aos nossos olhos, que desvalorizamos.

Mas não foi sempre assim, alguém teve que conquistar  para nós, esta liberdade que tanto apreciamos e que temos a obrigação de manter!

Dito isto, convém dizer que é possível sempre fazer melhor. Temos de ser ambiciosos e temos de marcar a nossa  posição. A JSD vai dos 14 aos 30 anos de idade. A quem está, que queira ser sempre mais. A quem não está, que venha  e que contribua para que possamos ser maiores e melhores, pela nossa terra, pelos Açores e por nós.

Nós merecemos muito mais!

André Soares é Vice-Presidente da JSD/Açores desde 2017