Sobre Eleições – André Soares

Na política, como em muita coisa na nossa vida, existem timings em que devemos decidir não só o nosso momento de entrada, como o nosso momento de saída. É um processo natural, porque decidimos servir as instituições e dar o melhor de nós para que essas mesmas cresçam com o nosso contributo. Devemos também saber quando chega o nosso momento de saída. Que se enganem as pessoas que pensam que elas próprias é que são as instituições e que sem elas, estas mesmas não sobrevivem. A história encarrega-se de mostrar o contrário.

Assim sendo, este é o meu primeiro artigo para a Energia Laranja desde que sai da presidência da Comissão Politica Concelhia da Madalena, fechando um ciclo de quatro anos. Irei sempre recordar com muita alegria todas as atividades e convívios que fizemos juntos. Não irei falar de tudo o que foi feito no concelho na Madalena e na ilha do Pico nos últimos seis a oito anos, mas lembro com particular orgulho a formação dos nossos núcleos de residência por todo o concelho. Esta juventude trabalhou, batalhou e está muito diferente (para melhor) desde que começamos. Orgulhosos, mas nunca satisfeitos. Aproveito para agradecer publicamente e desta forma, a todos as pessoas que fizeram e irão continuar a fazer parte desta nossa juventude partidária. As pessoas é que fazem a política e estamos todos de parabéns por tudo aquilo que concretizamos ao longo destes últimos anos.

Dou também os parabéns aos novos eleitos para as estruturas dos concelhos da Madalena e das Lajes que iniciaram em julho deste ano. É necessária coragem e muita vontade de servir o próximo para sairmos da nossa zona de conforto. E é fora dessa zona que se enfrentam os maiores desafios e onde se cresce mais como pessoa: uma personificação do que é ser da JSD. Não tenho duvidas que irão trazer à juventude da nossa ilha essa vontade de trabalhar por um futuro que é nosso. Ainda muito temos a reivindicar aquilo que é necessário para toda a população do Pico. Só temos pena que as nossas reivindicações muitas vezes nem sejam ouvidas. Mesmo quando apresentadas propostas concretas, elas são simplesmente barradas. Enfim, consequências da “democracia” que se vive hoje nos Açores.

A partir dos 18 anos, somos automaticamente militantes do PSD. É sempre um desafio fazer parte das duas. O nosso foco acaba por ser maior na juventude até que quase com naturalidade assumimos uma postura mais “sénior”, sobretudo quando confrontados com situações que a todos nós dizem respeito. E por falar nisso mesmo, é impossível não falar das nossas eleições internas.

Quem segue a imprensa regional ou mesmo algumas páginas nas redes sociais, sabe que o PSD também irá a eleições no final deste mês de setembro. Como todos os processos eleitorais, cada militante tem o direito e o dever de votar. Depois de contados esses votos, teremos um novo Presidente do Partido. Felizmente, o nosso partido está repleto de pessoas que pensam por si próprias e com as suas próprias opiniões, dando por vezes a que se pense que não existam consensos. Uma coisa posso garantir, da minha pouca experiência: as opiniões irão continuar a existir, e depois do dia 29, qualquer um dos dois candidatos será, o meu presidente. Isto é o Partido Social Democrata.

André Soares é vice-presidente da JSD/Açores desde 2016 e conselheiro nacional da JSD